Office 2.0 e colaboração, um desafio a ser superado pela Panduit e seus aliados

Office 2.0 e colaboração, um desafio a ser superado pela Panduit e seus aliados

Para entender o conceito de aceleração do escritório em um ambiente digitalizado, três especialistas explicam como as empresas devem integrar infraestrutura de TI, design e inovação no escritório atual

Embora pareça um refrão bem gasto, está claro que a pandemia da Covid-19 mudou tudo. O trabalho como o conhecíamos deixou de existir e a partir daí, uma nova abordagem ao nosso cotidiano surgiu mais por opção do que por obrigação, sobretudo para quem tinha de se deslocar ao escritório para fazer o seu trabalho. Esse foi o tema do Panduit Summit 2021, evento organizado para discutir questões estratégicas e críticas que vão além do ambiente de gestão de infraestrutura e tecnologia da informação.

Como serão os escritórios 2.0?

Juan Pablo Borray, gerente de desenvolvimento de negócios para a América Latina da Panduit

A opção de ir trabalhar implica mudanças importantes que começam na própria concepção do espaço físico de trabalho, o que implica, também, a infraestrutura do ambiente de trabalho e se estende para além do básico que entendemos como um escritório, com uma cadeira, uma escrivaninha, iluminação e conectividade, para abranger outras questões, como qualidade de vida, conforto, flexibilidade e multifuncionalidade dos espaços, entre outros fatores que se resumem não em como serão os escritórios, mas para que serão utilizados.

Quais são os elementos-chave dessa nova realidade a se levar em consideração ao iniciar um projeto de atualização de sua infraestrutura de TI para facilitar o conceito de um escritório mais conectado e colaborativo?

Juan Pablo Borray, gerente de desenvolvimento de negócios para a América Latina da Panduit, disse que “os protocolos de pandemia e biossegurança fazem com que os projetos e espaços de trabalho dos escritórios girem em torno do bem-estar dos funcionários e visitantes. Neste contexto, o Office 2.0 e a necessidade de colaboração exigem que se leve em consideração conceitos de conectividade, colaboração, monitoramento de condições e variáveis no ambiente, além de segurança”.

“Todos esses componentes têm algo em comum e é a tecnologia. Por meio das várias ferramentas que existem hoje, tendências como a IoT (Internet das Coisas) também podem ser aplicadas nesses espaços”.

Martha Gallo, arquiteta e sócia fundadora da AEI Spaces

A esse respeito, Martha Gallo, arquiteta e sócia fundadora da AEI Spaces, uma das palestrantes do evento Panduit Office 2.0, explicou como a empresa articula tecnologia para conectividade e para cenários audiovisuais, presenciais e virtuais em seus escritórios para esta nova realidade.

“Hoje, mais do que nunca, a tecnologia está desempenhando um papel transcendental. Sem ela, a pandemia teria sido muito diferente. Imaginar essa situação há dez anos teria sido um caos”, disse Gallo.

“Nos últimos anos, falamos sobre softwares especializados para ocupação de espaço, reservas de quartos e conectividade. Agora é a hora de todos esses elementos serem realmente implementados. Acredito que o escritório hoje é mais tecnologia do que espaço. Por isso, quando se pensa em um design abrangente, a tecnologia deve estar no topo como participante do processo”.

Sobre o tema da automação do espaço de trabalho, João Oliveira, diretor de soluções digitais para a América Latina da Johnson Controls, acredita que o conceito de escritórios do futuro ou escritórios 2.0 não existe sem edifícios verdadeiramente digitais. “O conceito de automação era muito focado apenas em sistemas BMS, com lógicas de controle estático e em segurança com CFTV e Controle de Acesso Padrão, tudo no local”.

João Oliveira, diretor de soluções digitais para a América Latina da Johnson Controls

“Mas agora, além de toda a arquitetura e layout, os espaços devem ser preparados com uma infraestrutura de rede mais robusta, que permita o tráfego de dados de todas as fontes da chamada sensorização, ou seja, uma rede muito mais intensa com sensores IoT, de qualidade do ar, de ocupação, câmeras com reconhecimento facial, análises na nuvem e aplicativos”, completou Oliveira.

“Estes novos espaços devem proporcionar uma sensação de mais segurança, bem-estar e também melhores experiências aos ocupantes, motivando-os a regressar e interagir não só entre si, mas também a interagir mais com os próprios espaços”.

Infraestrutura de tomada de decisão

Oliveira propõe uma opção que torna os espaços de trabalho e escritórios da nova realidade mais eficientes e inteligentes.

“Tudo começa com uma conversa com os stakeholders da empresa para entender melhor seus casos de uso, desafios e negócios do dia a dia. No caso dos escritórios, os temas provavelmente estarão voltados para a melhoria da qualidade do ar (pelo bem-estar), sensação de segurança, conforto e boas experiências para os ocupantes e, claro, redução de custos operacionais com sustentabilidade”, afirmou.

Para ele, ter uma boa infraestrutura de rede, que permite a instalação de sistemas de climatização eficientes, sistemas de automação, diferentes tipos de sensores (ocupação e qualidade do ar), sistemas de segurança e aplicações de telefonia, de forma a integrar os usuários a esses sistemas, e de fato interagir com os espaços, é fundamental. É isso que vai motivar as pessoas a voltarem aos escritórios, se sentirem satisfeitas, se relacionarem, serem criativas, produtivas, gerando mais renda para as empresas.

“Na Johnson Controls temos filiais distribuídas em praticamente todos os países da América Latina, nas principais cidades de cada país. Partindo desse entendimento do que é importante e desafiador para o cliente, voltamos para casa para desenvolver soluções que possam impactar esses quatro pilares principais que mencionei: ser mais seguro, mais saudável, mais sustentável e proporcionar melhores experiências aos ocupantes do espaço”, finalizou Oliveira.

América Latina quer escritórios inteligentes

Segundo Borray, as empresas da região precisam focar seus investimentos em infraestrutura de TI para melhorar a conectividade de seus funcionários, levando em consideração o teletrabalho e os novos conceitos de escritório.

“É preciso primeiro definir qual será a estratégia. Em vários estudos realizados no último ano, constatou-se que é muito provável que se adote um modelo híbrido, onde alguns dias você vai ao escritório e outros trabalham remotamente”, disse.

“O desafio do teletrabalho é disponibilizar todas as ferramentas necessárias para que os colaboradores possam realizar as suas tarefas e garantir uma conectividade que lhes permita estar em comunicação com o mínimo de interrupção possível”.

Para ele, muitas empresas têm trabalhado nisso desde o início da pandemia. “Para voltar ao escritório, é preciso garantir que é um espaço seguro (medidas de biossegurança) e que as pessoas querem estar nele (bem-estar). Em ambos os casos, a infraestrutura das empresas pré-Covid deve ser repensada e modificada ”, disse Borray.

Além da adaptação espacial e tecnológica dos escritórios do futuro, existe o desafio cultural que todas essas mudanças acarretam.

Sobre este assunto, Martha Gallo afirma que a mudança cultural visa aprofundar diferentes modelos de trabalho para melhorar a interação um a um, em equipes e grupos. “Os espaços colaborativos pretendem ser locais que promovam esses ambientes e bem-estar. Isso facilita o acesso a recursos arquitetônicos saudáveis que impulsionam essas mudanças”.

“Isso se aplica a qualquer empresa que precise redesenhar as interações espaciais para criar bases de desenvolvimento organizacional estratégico de alto nível. Melhorar o relacionamento entre os colaboradores proporciona uma maior sensação de bem-estar, com consequente maior produtividade, sentimento de pertencimento e segurança para toda a equipe”, disse Gallo.

Finalmente, a questão econômica é essencial para entender. Diante da abordagem que os investimentos em tecnologia devem ter, Borray da Panduit esclareceu: “O desafio do teletrabalho é fornecer todas as ferramentas necessárias para que os funcionários realizem suas tarefas e garantir a conectividade que lhes permita estar em comunicação com a menor interrupção possível”.

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