O aumento de assinaturas e certificados digitais se deve a ataques cibernéticos

O aumento de assinaturas e certificados digitais se deve a ataques cibernéticos

A Globalsign, uma autoridade de certificação, registra o maior uso de certificados, assinaturas digitais e carimbos de data/hora como parte de sua plataforma PKI. Luiza Dias, CEO da GlobalSign Brasil, explica o impacto dessa tendência

A GlobalSign anunciou um crescimento significativo em seus negócios de assinatura digital e marcas temporárias ou carimbos de data/hora. À medida que as empresas em todo o mundo buscam refúgio contra ataques cibernéticos e à medida que se ajustam ao trabalho remoto, a GlobalSign teve a maior emissão de certificados, assinaturas digitais, selos digitais e carimbos de data/hora no ano passado.

Vale ressaltar que a GlobalSign, uma das autoridades de certificação mais reconhecidas, é a provedora líder de soluções confiáveis ​​de identidade e segurança digital que permitem que pequenas e grandes empresas – bem como provedores de serviços em nuvem e empresas inovadoras de Internet das Coisas (IoT) – possua comunicações online seguras, gerencie milhões de identidades digitais verificadas e automatize a autenticação e a criptografia.

A empresa tem uma infraestrutura de chave pública (PKI) escalável e soluções de identidade que suportam os bilhões de serviços, dispositivos, pessoas e coisas que compõem a IoT.

Pandemia e ataques cibernéticos

Por meio da Atlas – sua plataforma PKI – a Globalsign emitiu quase 14 milhões de certificados, 28 milhões de assinaturas digitais e 117 milhões de carimbos de data e hora no ano passado.

Segundo a empresa, esse crescimento deveu-se à Transformação Digital e à produtividade que teve grandes mudanças causadas pela pandemia de COVID-19 em curso. Ao mesmo tempo, os ataques cibernéticos disparam, especialmente os ataques de ransomware. Com milhões de funcionários trabalhando remotamente, as empresas em todo o mundo precisam de uma maneira de realizar transações com segurança.

Esses fatores estão impulsionando as soluções de assinatura digital da GlobalSign, cujo uso aumentou desde o início da pandemia. Em 2019, seus clientes usaram 10 milhões de assinaturas digitais, quase triplicando até o final de 2021.

“Tivemos um ano excelente para emissão de certificados, assinaturas digitais e, acima de tudo, carimbos de data e hora. Dada a extensão da pandemia, a taxa de ataques cibernéticos e a transformação digital que ocorre em todo o mundo, prevemos uma atividade significativa nos próximos anos. A Atlas provou ser capaz de lidar com um nível massivo de atividade, algo de que estamos muito orgulhosos”, disse Mohit Kumar, diretor associado de Gerenciamento de Produtos da GlobalSign.

América Latina segue a tendência

Luiza Dias, CEO da GlobalSign Brasil

Como as empresas latino-americanas estão se comportando em termos de uso e adoção de assinaturas digitais? A resposta é de Luiza Dias, CEO da GlobalSign Brasil:

Com a pandemia da Covid-19, as restrições implementadas ao distanciamento social obrigaram as empresas a reinventarem-se. Isso levou a um aumento no uso de tecnologias disruptivas, incluindo assinaturas digitais e a busca de novas formas de trabalhar remotamente, com o objetivo de gerar relações comerciais e de negócios seguras.

Na América Latina, a história da assinatura digital remonta ao início dos anos 2000 e cresceu desde então, principalmente nos últimos anos. De acordo com a pesquisa Verified Market Research, Mercado de Assinaturas Digitais na América Latina, a expectativa é chegar a US$ 8.731,64 milhões até 2028, ante um mercado que em 2020 chegou a US$ 940,99 milhões.

A GlobalSign vem trabalhando com empresas da região há anos para ajudá-las a implementar assinaturas digitais. Agora estamos vendo um aumento considerável porque a Covid-19 mudou a maneira como as empresas fazem negócios. Muitos não estavam preparados para os desafios de segurança cibernética do trabalho remoto.

Além disso, devemos definir a diferença entre assinaturas digitais e assinaturas eletrônicas. Assinaturas eletrônicas referem-se a qualquer assinatura aplicada eletronicamente. Mas isso é realmente tudo o que são: apenas uma assinatura, que não é juridicamente vinculativa.

No entanto, ao combinar uma assinatura eletrônica com um ID digital confiável, o resultado é uma assinatura digital juridicamente vinculativa. Essa é a melhor maneira de assinar documentos críticos, como contratos e pagamentos, sem nenhum trabalho extra. Todos podem se beneficiar da substituição de fluxos de trabalho lentos em papel por assinaturas digitais seguras, de recursos humanos a departamentos financeiros, equipes jurídicas e vendas.

Os países onde o uso de assinaturas digitais e eletrônicas estão mais avançados são Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Peru e México.

  • A Argentina foi uma das pioneiras na implementação e regulamentação de assinaturas eletrônicas ao aprovar a Lei de Assinatura Digital 25.506 em 2001.
  • Na Bolívia, a Lei 080 de 2007 (Lei de Documentos, Assinaturas e Comércio Eletrônico) reconhece o valor jurídico e probatório dos contratos ou atos jurídicos por meio eletrônico.
  • Na Colômbia, as assinaturas eletrônicas são regulamentadas pela Lei 527 de 1999. Já é um padrão de segurança obrigatório na fatura eletrônica.
  • No Peru, a legislação estabelece uma clara diferenciação entre a assinatura eletrônica e a assinatura digital, ambas incluídas na Lei 27.269.
  • No México, a Lei de Assinatura Eletrônica Avançada de 2012 regulamenta o uso da ferramenta tecnológica e a emissão de certificados digitais.

No entanto, as empresas precisam saber transitar para as assinaturas digitais para acelerar sua transição e, assim, melhorar a confiabilidade e a segurança de seus documentos. Portanto, as empresas latino-americanas têm uma alternativa para validar e aperfeiçoar o funcionamento de suas assinaturas digitais.

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