Conheça: Carlos Kazuo, CEO da KeepTrue

Conheça: Carlos Kazuo, CEO da KeepTrue

No lado mais leve das coisas, perguntamos a Carlos Kazuo, CEO da KeepTrue, o que o motiva

Carlos Kazuo, CEO da KeepTrue

O que você descreveria como sua conquista mais memorável?

O momento mais marcante da minha carreira profissional foi quando participei do projeto SAP Brasil. Nessa época, saí do setor de controle contábil e migrei para o setor de tecnologia. Foi um momento crucial porque aprendi ERP. Através deste projeto, também comecei a entender o mercado de tecnologia no Brasil.

O que te trouxe para uma carreira em tecnologia?

Resolvi sair do setor de controle contábil e decidi me tornar consultor de ERP. Pouco antes do Bug do Milênio, comecei a perceber que as empresas iam começar a buscar soluções tecnológicas, e isso poderia possibilitar uma transformação na minha carreira.

Logo depois, parei de trabalhar na Roche, empresa farmacêutica onde atuava no setor de controle contábil e me tornei consultor de ERP. A partir daí, iniciei minha migração para o setor de tecnologia. Já se passaram mais de 20 anos.

Que estilo de filosofia de gestão você emprega no seu cargo atual?

Com a pandemia da Covid-19, a gestão dos negócios tornou-se mais complexa devido à falta de comunicação presencial e ao surgimento de reuniões virtuais. Por causa disso, eu precisei aumentar a liberdade dos gerentes para tomar suas próprias decisões. Aprendemos não só a ter mais controle, mas também a acompanhar todo o processo dentro da empresa.

Qual você acha que é o tópico das conversas atuais sobre tecnologia?

Percebi que as empresas estão cada vez mais olhando para a automação de processos, e estamos chamando isso de “End Training Process”. Também vejo que as empresas estão começando a usar a análise de dados para analisar melhor os dados usando Inteligência Artificial (IA). Muito se fala sobre IA e como usar essa tecnologia no dia a dia fiscal e contábil.

Como você lida com o estresse e relaxa fora do escritório?

Gosto de ir para o campo, para a minha fazenda, onde posso passear e cuidar da minha horta. Também gosto de relaxar ouvindo música e assistindo meu time de futebol, o Corinthians.

Se você pudesse voltar atrás e mudar uma decisão de carreira, qual seria?

Não há decisões que eu gostaria de mudar, mas poderia ter me dedicado um pouco mais ao estudo do inglês. Apesar de ter participado de vários projetos internacionais, esta sempre foi a parte mais difícil do meu percurso profissional, porque nem sempre tive inglês fluente.

O que você identifica atualmente como as principais áreas de investimento em seu setor?

No mundo corporativo, as empresas buscam cada vez mais a redução de custos – principalmente nas áreas de back-office. Neste aspecto, a KeepTrue e outras empresas do setor apostam na chamada “hiper-automação” dos back-offices. Percebemos que a automação de processos é um assunto que ainda tem muitas possibilidades a serem trabalhadas.

Quais são os desafios específicos da região na implementação de novas tecnologias na América Latina?

Nosso setor de automação e soluções analíticas está inovando em alguns aspectos. No Brasil, estamos criando uma torre de dados para receber documentos e atenderá outros países da América Latina. No entanto, todos os países da região enfrentam os mesmos problemas: a dificuldade de usar a IA para ler documentos e como automatizar esse processo de entrada nos ERPs. Grande parte do trabalho das áreas fiscal e contábil está no processo de recebimento de documentos, onde se concentra o maior volume de problemas.

Que mudanças você viu em seu cargo no ano passado e como você acha que elas se desenvolverão nos próximos 12 meses?

Todos os setores passaram por mudanças nos últimos anos, como se adequar e poder trabalhar no mundo virtual por conta da pandemia. O grande desafio foi se acostumar com esse novo modelo, principalmente em nossa área que exigia contato presencial. Já nos acostumamos com essa nova realidade e estamos tornando nosso ambiente cada vez mais híbrido.

Estamos priorizando os encontros presenciais e saindo do mundo virtual apenas quando for realmente necessário. Acredito que o modelo de trabalho híbrido é o nosso futuro.

Que conselho você daria a alguém que aspira a uma posição de nível C em seu setor?

Encontrar uma posição de nível C pode ser um desafio. Conhecer o mercado local e entender como conquistá-lo é essencial. É preciso analisar todas as condições do mercado para que seja possível vender produtos e se destacar entre as demais empresas. Normalmente, os profissionais têm ótimas ideias de produtos, mas não sabem como levá-las ao mercado. Acredito que qualquer pessoa que esteja buscando uma posição de nível C deve ter isso em mente.

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