Brasil tem menos de 1% de celulares com proteção eficiente

Brasil tem menos de 1% de celulares com proteção eficiente

Segundo especialista, ter um smartphone sem um bom sistema de criptografia é como morar em uma casa de vidro, não há privacidade

Crimes cibernéticos são uma das atividades que mais movimentam dinheiro no mundo. Afinal, com a tecnologia avançando diariamente, as técnicas e ferramentas de hackers e de organizações criminosas também evoluem. E com todos os dados pessoais e profissionais nos aparelhos celulares, os riscos de uma invasão são mais danosos quando comparados com um ataque a um computador.

De acordo com Augusto Schmoisman, especialista em defesa cibernética corporativa, militar, aeroespacial e CEO da Citadel Brasil, menos de 1% dos celulares têm proteção eficiente no Brasil, e a telefonia criptografada é quase desconhecida no país. “O smartphone sem uma boa criptografia é como morar em uma casa de vidro, você não tem privacidade. É possível saber onde você está, acessar a sua câmera, acompanhar todos os seus movimentos conscientes e inconscientes. É uma invasão sem fim”, afirma.

Ameaças

Por meio de invasões nos aparelhos celulares, é possível acompanhar cada movimento e comportamento da vítima, fornecendo muito mais dados e informações do que as pessoas podem imaginar. “O tempo médio para alguém tomar consciência de que está sendo monitorado é de aproximadamente seis meses, algo absurdo, se pensarmos na quantidade de informações que um criminoso terá reunido no período. Até você perceber, o estrago já foi feito”, explica o especialista.

O especialista explica ainda que é muito comum ver instaladas antenas falsas ou Wi-Fi para coletar informações, extrair dados (man in the middle) para interceptação de telefones. “Existem aplicativos maliciosos que, uma vez instalados por meio da engenharia social, podem capturar e monitorar todas as informações, tornando-se uma porta de entrada para outros sistemas”.

Os riscos dos aplicativos e conexões

Constantemente, as pessoas baixam aplicativos, inserem informações em testes que parecem inofensivos, mas, sem perceber, estão sendo roubadas. “A grande maioria, aproximadamente 99% desses apps, solicita uma longa lista de autorizações e permissões que não são necessárias para o seu funcionamento. A cada clique que permite acesso à agenda de contatos, galeria de imagens ou localização, você já está permitindo um ataque”, diz Augusto.

O mesmo acontece ao conectar o aparelho móvel em redes Wi-Fi abertas em aeroportos, cafés ou hotéis, fazendo com que o compartilhamento permita que o invasor tenha acesso a tudo. Outro grande risco, de acordo com o especialista, é colocar o celular para carregar nos aeroportos.

 “Simples atos podem deixar todo o aparelho vulnerável, possibilitando hackear mensagens de texto, espionar suas redes sociais, rastrear registros de chamadas e contato, rastrear a localização do GPS, histórico de navegação, monitorar e-mails, acessar senhas e muito mais. Por isso, para que tenha o controle da sua privacidade, é essencial proteger-se usando um aparelho que traga segurança e confiança, com criptografia, monitoramento em tempo real para a mitigação de riscos instantânea. Afinal, não podemos culpar o vento se deixamos a janela aberta”, finaliza.

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